Registrada redução de 44 por cento nas mortes de crianças e adolescentes
O Relatório Violência Letal Contra as Crianças e Adolescentes do Brasil elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO) aponta que o número de assassinatos de pessoas com até 19 anos de idade em Itabuna caiu de 78 para 35, uma redução de 55,13%, de 2012 para 2013. O levantamento indica que Itabuna foi um dos municípios baianos com maior redução de assassinatos de crianças e adolescentes.
O prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, comemorou a redução na quantidade de mortes violentas de menores no município e destacou a contribuição importante de projetos e programas sociais, culturais e esportivos como Viv-À-rte, Casa das Artes, Bom de Bola, Melhor na Escola e Taça Cidade Itabuna de Futsal, que são desenvolvidos desde 2013 por meio da Secretaria de Esportes e Recreação e da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC) e Fundação Marimbeta.
Somente com os projetos Viv-À-rte e Casa das Artes são beneficiados mais de 10 mil crianças, adolescentes e jovens, que têm acesso à oficinas gratuitas de teatro, dança clássica, violão, dentre outras atividades. “Essas crianças e adolescentes são atendidas no turno oposto ao das aulas normais. Com isso, esses jovens são mais difíceis de serem cooptados pelos criminosos. Os dados da FLACSO mostram que escolhemos o caminho correto para ajudar a reduzir a violência no município”, afirmou Vane.
De acordo com o Relatório Violência Letal Contra as Crianças e Adolescentes, no período de cinco anos, a menor quantidade de assassinatos de pessoas com até 19 anos, em Itabuna, ocorreu no ano de 2013. O estudo mostra que no período de 2009 a 2012 foram registrados 221 homicídios. O prefeito observa que o próximo estudo deverá indicar que houve redução ainda maior de assassinatos de crianças e adolescentes nos últimos anos.
O estudo da FLACSO foi encomendado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente e Secretaria de Direitos Humanos, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em 2015. O levantamento tem como fonte o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde (MS). O estudo indica que 29 crianças e adolescentes foram assassinados por dia no Brasil no ano de 2013.
Naquele ano 10.520 crianças e adolescentes foram vítimas de homicídio no País. O Brasil ocupa o 3º lugar em homicídios de crianças e adolescentes, quando são alisados os analisados dados de 85 países. O estudo diz também que, entre 2012 e 2013, o país teve o resultado contrário ao registrado em Itabuna. O número de homicídios cresceu de 3,6% de um ano para o outro.